Nem só de carteiros vive a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Além do conhecido serviço postal, há funcionários de todas as áreas. E a boa notícia é a abertura de concurso em cinco estados, com vagas para médico, advogado, economista, analista de sistemas, enfermeiro, auxiliar, técnico, atendente e, claro, carteiros.
É comum os aprovados se surpreenderem com a grandeza da ECT. O maranhense Luís Ronald, 28 anos, encaixa-se nesse grupo. “Eu conhecia os Correios apenas pela fachada e pelo carteiro da minha rua. Mas é a terceira melhor empresa do gênero no mundo. Só perde para França e Inglaterra”, empolga-se. E a grandeza é bem positiva, porque permite que o concursado consiga transferência para outro estado, desde que haja disponibilidade de vagas.
Depois de ser militar da Aeronáutica e trabalhar no IBGE, Luís resolveu investir nos Correios do Maranhão. Mas a convocação não veio facilmente. Mesmo com o 3° lugar na seleção para técnico administrativo, em 2002, o emprego não estava garantido. “A concorrência é muito grande e era só uma vaga. Eu já estava desesperançoso, mas em 2003 fui convocado”, conta.
Quem pleiteia uma oportunidade nos Correios deve se preparar: o número de vagas é reduzido e a disputa, acirrada. “Para o cargo de técnico, estamos prevendo pelo menos 5 mil inscritos e, para analista, uns mil candidatos”, estima Boaz Tavares Lima, gestor de educação da ECT no Maranhão, que oferece, no total, apenas quatro vagas.
Mas há possibilidade de contratações além do número estipulado. “Na área técnica e administrativa, a rotatividade é menor. Na operacional, em especial nos cargos de carteiro e atendente comercial, a gente sempre contrata mais gente do que no número sinalizado no edital”, explica Boaz.
Os mineiros que o digam. Com oferta de vagas apenas para carteiros, Minas Gerais revela uma surpresa: “A gente reserva uma vaga por questões legais, mas nossa média de contratação é de 36 por mês”, conta Jésus Antônio Rios, gerente-geral de recursos humanos da diretoria dos Correios no estado.
Não adianta, no entanto, ir bem na prova teórica e deixar de lado as condições físicas. A seleção para carteiro passa também por prova de aptidão física. Nessa segunda fase, o candidato vai encarar teste de barra fixa, teste de impulsão horizontal e corrida de 12 minutos. Segundo Jésus, é importante se preparar para essa etapa com antecedência. “O trabalho do carteiro exige esforço físico, ele anda em torno de 6km por dia. Não é teste de atleta, mas pessoas sedentárias acabam sendo reprovadas”, alerta.
Passado o tempo de incertezas, Luís só tem o que comemorar. Há cinco anos nos Correios, ele agora mira um concurso de nível superior para o cargo de administrador júnior. O sonho é possível com a ajuda da própria empresa. Luís está no 8° semestre de administração, e faz parte de um programa de incentivo à educação, que custeia 50% da mensalidade. “É uma empresa que valoriza muito o empregado e tem ótimos benefícios. Sem a ajuda dos Correios, dificilmente estaria terminando a faculdade”, conta.
Os interessados na empreitada farão basicamente provas objetivas de português e matemática. Mas, para alguns cargos, há testes de conhecimentos específicos, língua inglesa, microinformática e comprovação de experiência. Para fazer parte do cadastro reserva, o candidato precisa obter nota superior a 50 pontos em todas as disciplinas.
Fonte: CorreioWeb
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